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Definição
O zumbido, também conhecido como Tinnitus, é a percepção de som nas orelhas ou na cabeça sem uma fonte acústica externa. Essa percepção pode ser descrita como zumbido, assobio ou martelada, e é considerada o terceiro pior sintoma em seres humanos, superado apenas por dor intratável e tontura.
O zumbido pode ser classificado como:
- objetivo (causa que pode ser determinada pelo examinador) ou
- subjetivo (percepção subjetiva do paciente).
Acredita-se que as perturbações subjetivas sejam relacionadas à depressão, e o tratamento antidepressivo pode ajudar a aliviar essa percepção sonora.
O zumbido pode ser contínuo ou intermitente, e o som pode ser classificado como pulsátil ou não pulsátil.
O zumbido é causado por atividade neural anormal no caminho entre a cóclea e o córtex auditivo, relacionado a alterações bioquímicas, inflamação e alterações induzidas por radicais livres. A principal causa do zumbido é o dano às células sensoriais da audição na cóclea, com ou sem associação de dano ao sistema auditivo central.
Importância
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 278 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de zumbido, sendo 28 milhões apenas no Brasil. Entre a população geral, de 10 a 15% sofrem de zumbido espontâneo prolongado, e 33% dos idosos têm essa queixa. Além disso, 2 a 5% dos pacientes com zumbido apresentam problemas psicológicos como consequência desse sintoma. Embora possa estar presente até mesmo em crianças, o zumbido é mais frequente em idosos e está frequentemente relacionado à perda da audição.
Causas
A presbiacusia é a causa mais comum de zumbido em pacientes idosos, isoladamente ou associada a outros fatores.
A diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento, por alterações degenerativas, muitas vezes se associa com zumbido, o que seus portadores costumam descrever como a percepção de sons de sinos ou campainhas. Outras causas de zumbido incluem doenças e condições descompensadas como diabetes, hipertensão, cardiopatias, distúrbios da tireoide, distúrbios psiquiátricos (inclusive depressão), desidratação, estresse e maus hábitos alimentares. A doença de Menière é um distúrbio da orelha interna que pode causar zumbido, além de vertigem, perda auditiva e sensação de pressão no ouvido. A otosclerose, por sua vez, é uma formação anormal de osso esponjoso perto do estribo e da janela do vestíbulo da orelha que pode provocar perda progressiva da audição. Problemas vasculares, circulatórios, também podem causar zumbido pulsátil, que é o tipo mais comum de zumbido de causa vascular. Além disso, existem outras causas para o zumbido, como medicações ototóxicas, compressões de nervos, acúmulo excessivo de cerúmen, AVC, infecções, perfuração do tímpano, entre outras. Por isso, é importante buscar ajuda médica para identificar a causa do zumbido e buscar o tratamento adequado. Se você sofre com zumbido, não hesite em procurar um especialista para avaliar o seu caso e buscar soluções para melhorar a sua qualidade de vida.
Além disso, é importante destacar que as medicações de uso contínuo do paciente devem ser cuidadosamente avaliadas, pois especialmente os idosos usam múltiplas medicações concomitantes e fazem ajustes periódicos de suas doses. Essas medicações podem ter efeitos colaterais que contribuem para o zumbido ou agravam o problema. Por isso, é fundamental que o médico especialista em idoso faça uma avaliação cuidadosa do histórico médico do paciente antes de prescrever qualquer medicação.
Outra dica importante para quem sofre de zumbido é evitar o abuso de estimulantes, como cafeína, tabaco ou álcool, pois eles aumentam a percepção do zumbido. A exposição a ambientes ruidosos e o uso de fones de ouvido também devem ser evitados, para impedir uma maior lesão de células ciliadas e a piora do zumbido. Embora possam parecer hábitos de jovens, vários idosos frequentam festas familiares, restaurantes com música ao vivo, academia de ginástica e aulas de dança, por exemplo, que muitas vezes são ambientes muito ruidosos.
Por fim, é importante destacar que qualquer grau de perda auditiva, mesmo que não tenha repercussão na vida do paciente, pode ser o gatilho para a geração e para a percepção do zumbido. Portanto, corrigir as perdas auditivas pode reduzir a percepção do zumbido, diminuir o esforço necessário para compreender os sons da fala, facilitar a participação na vida familiar, social e profissional.
Se você sofre de zumbido, procure um médico especialista em idoso para uma avaliação detalhada e para receber o tratamento adequado. Agende uma consulta com o Dr. Marco Baran, ele ajudá-lo a melhorar a sua qualidade de vida.